sábado, 18 de setembro de 2010

Músicas (Parte 01)

Eu provavelmente vou fazer mais outros posts assim, então já vou até colocar o "parte 1" no nome do post.

Aí vão alguns pedacinhos de músicas... Músicas que fazem parte do que eu ando escutando agora.
Afinal, essa também é uma forma de expressar nossa personalidade e pensamentos.
Podemos dizer o estado de espírito de uma pessoa apenas por sua setlist e por aquilo que a agrada em termos de letras.

Nesse nosso estudo sobre a mente humana, inclusive nossa própria, devemos parar e olhar pra nossa setlist com certa frequência...


A tournament, a tournament, a tournament of lies!
Offer me solutions, and offer me alternatives, and I decline!
It's the end of the world as we know it
(It's time I had some time alone)

And I feel fine...

Um torneio, um torneio, um torneio de mentiras!
Ofereça-me soluções, e ofereça-me alternativas, e eu declino!
É o fim do mundo como o conhecemos
(Estava na hora de eu ter um tempo sozinho)
E eu me sinto bem...

(It's the End of the World as We Know It - R.E.M.)







Tarinai kotoba no kubomi
Wo nanide umetaraiin darou...
Mou wakaranai yo

Você não fala nada
Mas seus olhos falam por si só...
E eu não sei direito o quê

(Alones - Aqua Timez)







I know you were never mine to keep
But I know that I’ll see you in my sleep
Time has been unkind and kept me far from you...

Eu sei que você nunca foi minha pra guardar
Mas eu sei que vou ver você nos meus sonhos
O tempo tem sido cruel e me mantido longe de você...

(In My Sleep - Austin Hartley-Leonard & Kendall Jane Meade)


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Aceitação

Foreman - "This wasn't your fault"
House - "THAT'S THE POINT! I did everything right. She died anyway! Why the hell do you think that would make me feel any better?"

Season Finale de House sempre é destruidor, e o final da sexta temporada não poderia ser diferente...
Existem 2 grandes pontos no episódio.
Um deles é uma "redenção" de House... E talvez eu venha a falar dele futuramente...
Mas a frase que realmente me fez querer escrever foi essa aí em cima.

Uma tradução, não-literal, porém com o sentido mais aproximado que nossa língua permite, seria:
Foreman - "Não foi culpa sua"
House - "É POR ISSO MESMO!! Eu fiz tudo certo. Ela morreu do mesmo jeito!! Por que diabos você acha que isso me faria me sentir melhor?"


House não consegue lidar com certas coisas na vida... E uma delas é a sensação de "impotência".

Quando não se tem as alegrias normais do dia-a-dia (amigos, amores, carinhos), sua mente tende a procurar uma outra forma de lidar com a necessidade de "se aceitar".
No caso de House, ele substitui o sentimento de "ser amado" pelo sentimento de "estar certo".

Ele pode ser a pessoa mais anti-social da face da terra... E sabe que as pessoas vão, eventualmente, se afastar dele.
Mas ele também sabe que, no fundo, elas precisam dele. Precisam dele porque ele sempre está certo.

Levando isso em conta, fica claro que a sensação de se sentir impotente diante daquilo em que ele se considera o melhor é a pior que House pode experimentar. Ela faz com que ele passe a acreditar que as pessoas não mais precisarão dele...
E ele seria apenas uma pessoa anti-social jogada em um canto, sozinha...


Será que ele está certo em acreditar nisso?
Será que as pessoas a volta de House só se relacionam com ele porque ele é inteligente e está sempre certo?

Algumas pessoas possuem uma qualidade... Algo que atrai outras pessoas...
Sua inteligência, sua perspicácia, seu conhecimento abrangente... Qualquer coisa assim.
Será que no momento em que essas coisas deixarem de ser incríveis e nós nos tornarmos apenas... "humanos"... Aquelas pessoas que nós atraímos vão querer continuar lá?
Será que no momento em que a "magia" acaba, nós somos apenas pessoas com menor capacidade de interação social?


Este texto não tem um final... Porque eu não sei como responder essas dúvidas.
Eu não tenho a minha conclusão... Eu não tenho nem ideia...
Se vocês tiverem comentários para ajudar na formação dessa ideia, estejam à vontade para cooperar.


Obs.: I'm on fire! 3 textos esse mês (e só se passaram 2 semanas) depois de mais de 1 mês sem escrever...

sábado, 11 de setembro de 2010

Ser

- Prof. Dumbledore... Riddle disse que eu sou igual a ele. "Uma estranha semelhança", foi o que me disse...
- Foi, mesmo? E o que é que você acha, Harry?
- Acho que não sou igual a ele! - exclamou ele, mais alto do que pretendia. - Quero dizer, pertenço... pertenço a Grifinória, sou...

Mas se calou, uma dúvida furtiva surgia em sua mente.

- Professor - recomeçou após um momento. - O Chapéu Seletor me disse... que eu teria sido bem sucedido na Sonserina. E todos acharam que eu era o herdeiro de Slytherin por algum tempo... porque eu falo a língua das cobras...
- Você fala a língua das cobras, Harry - disse Dumbledore, calmamente -, porque Lord Voldemort sabe falar a língua das cobras. Ele transferiu alguns dos seus poderes para você na noite em que lhe fez essa cicatriz. Não que essa fosse sua intenção, mas...
- Voldemort deixou um pouco dele em mim? - disse Harry, estupefato.
- Parece que sim.

- Então eu deveria estar na Sonserina, o Chapéu Seletor viu poderes de Slytherin em mim, e...
- Pôs você na Grifinória... - disse, calmamente, Dumbledore.
- Ele só me pôs na Grifinória - disse Harry com voz de derrota - porque eu pedi para não ir para a Sonserina...
- Exatamente! - disse Dumbledore abrindo um grande sorriso - O que o faz muito diferente de Tom Riddle. São as nossas escolhas, Harry, que revelam o que realmente somos, muito mais do que nossas qualidades.


Este é um trecho de "Harry Potter e a Câmara Secreta" (com alguns cortes, mantendo só o que é importante).
E, se nada mais lhe agradar na série, ela vale ser lida por esse texto em especial.
Este texto reflete duas verdades que poucas pessoas são capazes de enxergar:
Nós somos quem queremos ser, e...
São nossos atos que nos definem, e não nossos pensamentos.

Quando você lê um livro de auto-ajuda, ele vai vir com um monte de baboseira sobre beleza interior e ser uma pessoa melhor por dentro e o escambau...
Isso é uma babaquice.
Do que adianta você ser uma ótima pessoa por dentro, se você não demonstra isso pro mundo?

Veja bem, quando eu falo de beleza interior eu não estou dizendo que ser uma boa pessoa é menos importante do que ser popularzinho... Muito pelo contrário!
Mas, de certa forma, a opinião dos outros sobre quem nós somos é mais importante do que a opinião que nós temos de nós mesmos... É nisso que os livros erram.
A nossa opinião reflete o nosso pensamento, a opinião dos outros reflete nossos atos.

Quando nós morrermos, ou até mesmo enquanto estamos vivos... São nossos atos que dizem quem nós somos.
Ninguém diz:
"Aquele ali é o Felipe, ele pensa todo dia em ir pra África ajudar os necessitados".
Foda-se o que ele pensa... O importante é:
Ele foi pra África ajudar os necessitados? Não? Então o pensamento dele sobre esse assunto é irrelevante... Não mudou o mundo em nada.

O que eu estou dizendo é que não adianta nada você querer ajudar o mundo todo, e não ajudar ninguém.


O contrário também é válido...
Não são nossas "tentações" que nos definem, e sim o quanto conseguimos enfrentá-las...
Sentir a vontade de trair, de roubar, de matar... É muito diferente de trair, roubar e matar.

Ser uma boa/má pessoa (ou uma pessoa inútil) só depende de suas decisões, de suas ações. Não de quem você "é", de quem você "nasceu" pra ser...
Não se prenda a bobagens... Não acredite (muito menos se prenda) nesse papo de "não consigo mudar, é mais forte do que eu"... Tudo é uma questão de vontade.


A única diferença entre ter sucesso e falhar... é a certeza de que você vai conseguir.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Crença

Vocês já viram o seriado House?
É uma série sobre um médico, e a forma como as pessoas ao redor dele reagem ao intelecto superior e à completa falta de etiqueta social que ele tem.

Dr. Gregory House é um cara com raciocínio lógico.
Isso é algo que normalmente não combina com uma boa interação social... Afinal, se você parar pra pensar nas ações das pessoas a sua volta, fica difícil gostar de pelo menos 80% delas.

Porém, por trás desse jeito, aparentemente, desajeitado com as pessoas... House tem habilidades de análise de personalidade e caráter que beiram o absurdo.
E a completa falta de etiqueta faz com que ele consiga dizer "verdades" que ninguém tem coragem de falar.

Ele é aquele cara "odeio ter que admitir, mas ele tá certo", sabe?

Existem muitas coisas que eu concordo no que ele fala. E algumas que eu discordo em absoluto.
Porém, tem uma frase que é simplesmente perfeita.
Ele fala ela pra uma freira, durante um episódio da primeira temporada... Quando ela se recusa a receber tratamento por acreditar que Deus a salvaria.

"You can have all the faith you want in spirits and the afterlife... and heaven and hell.
But when it comes to this world, don't be an idiot.
'Cause you can tell me that you put your faith in God to get you through the day, but when it comes time to cross the road, I know you look both ways."

Em uma tradução aproximada (mantendo o sentido, mesmo que não seja literal), seria algo assim:
"Você pode ter toda a fé que quiser em espíritos e vida após a morte... e céu e inferno.
Mas quando o assunto é este mundo, não seja uma idiota.
Porque você pode me dizer que coloca sua fé em Deus para guiar os seus passos, mas quando chega a hora de atravessar a rua, eu sei que você olha pros dois lados."

Essa frase reflete a hipocrisia e a falta de crença que as pessoas têm nas suas próprias crenças.
Se você quer acreditar em algo, acredite 100% do tempo... Não apenas quando parece conveniente... Ou "bonito".
Ou, o que seria mais correto, saiba diferenciar suas crenças da "realidade".

Se você acredita em Deus, acredite que ele nos criou e criou esse mundo (e isso já é uma grande coisa)...
Mas não seja estúpido de dar mais crédito a ele do que devia.

Quando um médico cura você, não é a Deus que você deve agradecer... E sim ao médico.
Quando você passa no vestibular, não é a Deus que você deve agradecer... E sim a si mesmo e ao esforço que você teve para conseguir essa realização.
Quando um carro quase passa por cima de você na rua, mas consegue freiar... Agradeça ao fato do motorista ter conseguido fazer a manobra... E ao gênio que criou o freio ABS.


Algumas vezes, o crédito é nosso.



Obs.: Eu estive sem escrever durante um tempo...
Isso se deve à minha vida pessoal.
Quando minha mente fica confusa com coisas lá, ela não consegue se concentrar em escrever coisas aqui.
Eu sou o tipo de pessoa que só consegue escrever (sejam textos, poesias, músicas...) em duas situações:
- Quando eu fico muito puto/triste com algo, e assim meu pensamento se foca só naquilo;
- Quando eu estou completamente tranquilo com tudo, então meu pensamento pode se focar no que eu bem entender.

Não posso dizer que meus problemas lá fora acabaram... Mas acho que me sinto um pouco House hoje, então decidi escrever um pouco sobre ele.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Quem de Nós Dois

Quem de Nós Dois
- Victor e Léo -

Eu e você
Não é assim tão complicado
Não é difícil perceber
Quem de nós dois
Vai dizer que é impossível
O amor acontecer?

Se eu disser que já nem sinto nada
Que a estrada sem você é mais segura
Eu sei você vai rir da minha cara
Eu já conheço o teu sorriso, leio teu olhar
Teu sorriso é só disfarce
E eu já nem preciso

Sinto dizer
Que amo mesmo, tá ruim pra disfarçar
Entre nós dois
Não cabe mais nenhum segredo
Além do que já combinamos
No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos

E quando eu falo que eu já nem quero
A frase fica pelo avesso
Meio na contra-mão
E quando finjo que esqueço
Eu não esqueci nada

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida

Eu procurei qualquer desculpa pra não te encarar
Pra não dizer de novo e sempre a mesma coisa
Falar só por falar

Que eu já não tô nem aí pra essa conversa
Que a história de nós dois não me interessa
Se eu tento esconder meias verdades
Você conhece o meu sorriso
Leu no meu olhar
Meu sorriso é só disfarce
O que eu já nem preciso
E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais...


sábado, 24 de julho de 2010

Liberdade

Liberdade...
Esse é um tema complicado para se abordar.
E eu não prometo respostas ao longo deste texto, apenas perguntas inteligentes. Que talvez você mesmo deva se fazer.

Acredito que o primeiro passo quando tratamos desse tema seja o de afirmar que a liberdade é um conceito mutável, e depende muito do ponto de vista do observador.
Essa afirmação se baseia nas diferentes formas de liberdade que encontramos ao longo de nossa vida. Eu gostaria de falar brevemente de algumas:

Quando temos cerca de 3~6 anos, a nossa “liberdade” é andar pelas ruas sem ser carregado ou segurar a mão dos nossos pais.

Quando entramos na adolescência, “liberdade” se torna um conceito mais amplo. E é diferente para cada tipo de pessoa.
Existem aquelas que acreditam que poder tomar suas próprias decisões (e muitas vezes, elas nem ao menos sabem que decisões são essas) é a “liberdade”.
Algumas acreditam que possuir liberdade é poder sair quando quiser com os amigos.
Outras acreditam que essa tal liberdade é a de dormir no horário que quiser (seja por determinação dos pais ou por precisar acordar cedo para ir ao colégio).

Será que essas pessoas sabem o que buscam?
Será que elas entendem como realmente funciona a vida adulta, e as responsabilidades que acompanham a “liberdade” que elas tanto buscam?

Outras ainda, acreditam que a liberdade só virá ao se alcançar a maioridade. E essa talvez seja a concepção mais fantasiosa que possuímos e, portanto, uma das que eu mais gostaria de abordar nesse texto.

Diversas vezes em nossa vida ansiamos por algo que nem ao menos sabemos o que é.
Nesse caso específico, uma “liberdade” que nem entendemos.
A maioria das pessoas anseia pela maioridade e a “liberdade” que a acompanha, sem nem ao menos se dar ao trabalho de pensar:
Que liberdade é essa? E o que eu farei com ela?

Um outro tipo de liberdade que é muito desejada, é a liberdade que “ser solteiro” nos proporciona.
Diversas vezes em minha vida ouvi alguém dizer que não gostava de se sentir “preso” à outra pessoa - namorado(a), marido(esposa). Que desejava a “liberdade”.

Mas o que é essa liberdade?

Se você analisar ponto a ponto aquilo que busca, será que ainda o buscará? Ou será que buscamos uma utopia que nem entendemos?

O que muitas pessoas desejam é a possibilidade de obter novas experiências com outras pessoas. Vamos tentar entender isso...
O processo de conquista é sempre muito interessante para ambos os lados. O flerte, os olhares... Conhecer uma pessoa nova.
Mas, em termos de experiência, o que você ganha?
O flerte e os olhares não são relevantes nesse ponto, isso é um fato. Conhecer uma pessoa nova? Bom, você realmente precisa estar solteiro(a) para ter experiências assim? Ou você pode dividir isso com alguém que já lhe proporciona o prazer físico de uma relação, com o adicional de lhe proporcionar uma companhia mais profunda?

O que eu quero dizer é:
Até se passar todo o processo de conhecer alguém e se conquistar a intimidade, não se têm muita vantagem.
Conhecer alguém do zero pode ser classificado como uma nova experiência e novos horizontes... Porém, o quão diferente isso se torna das experiências com alguém que você já possui uma intimidade maior?
Então, seria esse um desejo real do nosso ser? Ou seria apenas um reflexo da sociedade em nossas mentes?
Será que “a grama do vizinho parece sempre mais verde”? Será que é apenas um reflexo da constante insatisfação do ser humano?

Uma pergunta que não me sai da cabeça, quando penso sobre esse tema, é:
A liberdade de ser você por completo com alguém que você possui a intimidade conquistada ao longo de um relacionamento é menos importante que a liberdade de conhecer pessoas novas?

Na busca por essas respostas, devemos olhar para dentro de nós mesmos.
E tentar entender onde o nosso prazer realmente se encontra.

A “liberdade” que buscamos realmente existe? Ou é um conceito que criamos (assim como “Deus”) para termos uma resposta para nossos questionamentos em momentos difíceis?

A resposta para essas perguntas? It’s up to you, guys...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Poesias - Confusão

Confusão

Que saudades que eu sinto
Do teu beijo, teu encanto
O teu ser, tua magia
Tua força, teu acalanto

Você vem, tal qual a noite
E na aurora se esvai
Esperança em teu olhar
Sentimento é o que te trai

A boca fala de distância
E ela mesma volta atrás
Os teus olhos dizem tudo
Quando teu coração se distrai

E eu vivo nessa história
A cada dia, a cada ano
Ter certeza é mais confuso
Mesmo assim, eu sei, te amo


Felipe Ricardo Machado
01h01min
14 de Abril de 2010
&
03h07min
21 de Abril de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Livros I - O Leitor

Eu sou um Leitor. Com letra maiúscula mesmo...
Se tem uma coisa que eu SEMPRE gostei de fazer foi ler.

O primeiro livro que eu li (tirando histórias em quadrinhos e contos de fada) foi "O Pequeno Príncipe".
Eu lembro que adorei o livro... Mas não lembro de NENHUM detalhe da história.
Nadinha mesmo... Pode me perguntar que eu não sei nem sobre o que é o livro...
Eu tinha menos de 10 anos na época... E apesar da história em si não ter me marcado o suficiente pra eu lembrar hoje em dia, foi um livro muito importante na minha vida.

Foi graças a ele que eu comecei a ler mais... Li boa parte daquela série... Vagalume?
Ótimas histórias...

Foi graças a ele, também, que eu comecei a escrever.
Eu devia ter uns 10 anos quando escrevi minha primeira poesia... E ela ficou incrivelmente boa (até hoje eu acho que é uma das minhas melhores poesias).

Houve um grande período em que eu lia apenas histórias em quadrinhos (Homem-Aranha, Batman, Turma da Mônica...) e deixei os livros de lado.
Quando minha paixão voltou (lá no 2º Grau) foi com "O Senhor dos Anéis".

O Universo de Tolkien é incrível, e a forma como ele conta a história é incrível... E é ainda mais incrível eu ter me interessado por ela.
Quando eu leio um livro, eu busco um Personagem Principal marcante.
Eu acho que se você quer contar uma história sobre aquela pessoa, ela deve valer uma história.
Mas "O Senhor dos Anéis" não possui um personagem principal claro... O personagem principal é A Terra Média.

E foi graças ao Senhor dos Anéis que eu abri meus horizontes pra leitura...
Aprender a apreciar uma história por diferentes motivos é um grande avanço para um leitor.

Eu passei a entender que algumas histórias são sobre pessoas; algumas são sobre acontecimentos; algumas são sobre locais; etc...

Para o leitor, é necessário entender quem (ou o que) é o personagem principal daquela história, e só assim ele vai ser capaz de apreciar o que o escritor queria passar.

Quando você começar a ler um novo livro, ou assistir um novo filme, ou uma série de tv... Pegue um momento e tente analisar qual a intenção do escritor.
Sobre quem era aquela história?
O que ele queria que você, leitor/telespectador, absorvesse quando olhasse para a história dele?


Se você fizer isso, eu garanto, que você vai se tornar um leitor melhor (e vai conseguir entender o final de Lost).


Obs.: Esse é o primeiro post de alguns (não sei quantos, vou descobrir enquanto escrevo) sobre o mundo dos livros e das histórias. O segundo vai ser sobre Personagens Principais.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Solidão

Sabe como às vezes você se sente sozinho?
Mesmo em meio a dezenas, até centenas, de pessoas...

Poisé... Eu me sinto assim de quando em quando...
Afinal, nem todos os dias podem ser bons! Alguns vão ser uma merda foda...

Às vezes o que faz um dia ser uma merda não é um grande acontecimento, e sim aqueles vários pequenos acontecimentos que fodem com tudo...
Uma notícia que você não queria receber... Uma ligação que não sai bem... Uma briga que não deveria acontecer... Uma decepção... Uma pessoa que tem o dom de não saber o que diabos está fazendo... Uma verdade...

Sabe... Verdades são as piores notícias ruins que existem.
Porque elas são verdades... E a verdade é necessária, você precisa dela... E ao mesmo tempo ela pode ser dolorosa...

Para dias ruins... Em que a solidão bate e a tristeza é um saco de enfrentar, tem uma música que diz tudo:

Under The Bridge
- Red Hot Chili Peppers -

Sometimes I feel like I don't have a partner
Sometimes I feel like my only friend
Is the city I live in, the city of angels
Lonely as I am, together we cry.

I drive on her streets 'cause she's my companion
I walk through her hills 'cause she knows who I am
She sees my good deeds and she kisses me windy
I never worry, now that is a lie.

Well, I don't ever wanna feel like I did that day
Take me to the place I love, take me all the way
I don't ever wanna feel like I did that day
Take me to the place I love, take me all the way...

It's hard to believe that there's nobody out there
It's hard to believe that I'm all alone
At least I have her love, the city she loves me
Lonely as I am, together we cry

Well, I don't ever wanna feel like I did that day
Take me to the place I love, take me all the way
Well, I don't ever wanna feel like I did that day
Take me to the place I love, take me all the way, yeah...




Egoísmo


"O ser humano é egoísta por natureza."


Eu disse que voltaria nessa frase futuramente... Bom, esse futuro chegou.


Esse é um texto difícil de começar... Ele não tem bem um início...
Eu tentei procurar na internet sobre grandes filósofos que tivessem dito isso antes de mim. Não encontrei nenhum.

Há muito tempo atrás eu estava conversando com uma pessoa (não me recordo agora quem) e ela me contou - com muito orgulho - que tinha dado esmola pra uma pessoa no ônibus, enquanto voltava da igreja.
Isso chamou minha atenção...

Alguns dias depois eu parei pra pensar sobre isso.
(Eu costumo demorar pra voltar aos assuntos que chamam minha atenção... Isso faz com que minha mente tenha tempo de juntar todas as informações sobre ele.)
E eu comecei a ver como as ações supostamente altruístas, têm um fundo de egoísmo.

Quando uma pessoa religiosa dá esmola para um mendigo, ela está fazendo sua "boa ação", garantindo seu lugar no céu...
Porra! É a idade média dando as caras novamente!!!

Para aqueles que não sabem, durante a idade média a igreja vendia pedaços do céu para os fiéis que pudessem pagar. Sério!
Todos os seus pecados estariam perdoados se você desse MUITO dinheiro pra igreja...
E se você fosse pobre, o inferno lhe aguardava...

Hoje em dia esse ato está mais velado... Mas mantivemos o mesmo pensamento, os mesmos "costumes".
Ajudar o próximo não é um ato de bondade, e sim uma forma de garantirmos nossa vaga no céu.
Aí você vem, todo meninão, e me diz que não acredita em céu e inferno... Que você é um cara budista, espírita, taoísta... Ou qualquer coisa assim...
Pois eu te digo que "Dá na mesma..."

Algumas culturas acreditam em Karma... Ou evolução do espírito... Ou qualquer outra coisa...
Todos nós temos isso preso em nossas mentes.
Fazemos algo pelos outros para nos sentirmos bem com nós mesmos. Isso é egoísmo.


É complicado ver o mundo dessa forma... Quer dizer... Quando todos os atos de bondade parecem ser egoístas, como acreditar na raça humana?
E a resposta é bem simples: Não acredite.

Por que visualizar uma sociedade utópica em que todos fazemos coisas boas por puro altruísmo de nosso ser?
Por que tentar nos enganar pensando que o mundo é melhor do que realmente é?
O mundo é dessa forma, e ele vem funcionando, até que, bem pelos últimos 10.000 anos ou algo assim...
Temos injustiças? Sim.
Temos discriminação? Sim.
Temos ignorância? Sim.
Temos hipocrisia? Pra caralho...

Mas essa vontade de nos sentirmos bem com nós mesmos... De garantir nosso lugar no céu... Faz com que as pessoas sejam melhores umas com as outras.
Não é o ideal, mas é o que dá pra conseguir agora.

Tentar negar isso, ou arranjar desculpas, é apenas uma forma de tentar mudar o mundo todo de uma vez.
E isso nunca vai dar certo...

O caminho para mudar isso... Esse egoísmo nato, essa hipocrisia, essa ignorância... É mudar a mente de umas poucas pessoas e esperar que elas passem isso adiante (mais ou menos como eu tento fazer com vocês, que têm a paciência de ler meus textos every now and then).

Então, estou contando com vocês... (por puro egoísmo meu, mesmo... =P)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Férias

Amanhã é meu último dia de trabalho antes de sair de férias! \o/

Eu REALMENTE estava precisando de férias...
Chegam certos momentos em que fica impossível seguir sem um descanso...
O corpo não aguenta (eu ando me alimentando muito mal nos últimos dias) e muito menos a mente (...).

Estando de férias, é provável que eu consiga escrever mais vezes aqui. Porém, o aumento de tempo gasto dentro de casa pode acarretar em uma falta de assunto...
Como tudo na vida, esta é uma situação em que duas coisas completamente opostas possuem uma grande chance de acontecer... E fazem todo o sentido do mundo!

Nesses momentos eu me pergunto o porque de estudar a mente humana...
Se o estudo da mesma apenas lhe dá a clareza de ver que duas coisas completamente opostas podem vir a acontecer...


Num exemplo:
Caso o mundo viesse a acabar, a única diferença entre um sábio e uma pessoa comum é que o sábio entenderia o motivo de estar morrendo... E isso é mesmo tão importante?



[...]



E esse é o resultado de eu tentar fazer um post falando de férias... Uma indagação do porque de estudar a mente humana...
Vocês viram o motivo de eu precisar de férias????

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Review - O Código Dan Brown

Esse texto é diferente das coisas que eu normalmente coloco aqui...
Ele é um review de uma obra.
Eu farei alguns outros desse no futuro (pretendo fazer um sobre O Mochileiro das Galáxias, um sobre Senhor dos Anéis, Harry Potter, Musashi e A Torre Negra).

O texto foi colocado primeiro aqui.
Esse site é meu e de uns amigos. Nós pretendemos colocar alguns podcasts nele ao longo do ano e manter ele sempre atualizado (mas isso está exigindo mais tempo do que eles têm disponível no momento).

Então, fiquem com uma análise da obra de Dan Brown e aprenda como fazer uma boa história que não envolva elfos, dragões ou vampiros de sexualidade duvidosa:


O Código Dan Brown


O que nos leva a ler os livros de Dan Brown?
Por que ele se tornou um fenômeno?

Diferente de Stephen King, Dan Brown não é um rei quando se trata de suspense. Os livros não são sobre deixar o leitor tenso e sem saber o que vai acontecer... Ou com medo do monstro (muitas vezes, um homem, ou mulher, comum nas histórias de Stephen) que pode surgir na próxima porta.
Diferente de Tolkien, Dan Brown não é o rei da fantasia. Seus livros não são sobre um universo fantástico e que cativa o leitor pela criatividade e grandiosidade da obra.
Diferente de J. K. Rowling, Dan Brown não criou livros com uma linguagem simples e facilmente aceita perante as crianças. Que leva as pessoas a lerem pelo fato de que elas conseguem entender o que se passa.
Diferente de Arthur Conan Doyle, Dan Brown não criou um personagem extremamente inteligente e capaz de decifrar qualquer coisa. As histórias de Sherlock Holmes mostram um homem quase surreal, capaz de ver histórias mirabolantes a partir de detalhes mínimos.

Então... O que faz das histórias de Dan Brown o fenômeno que são?
É simples, a junção dessas coisas.

Dan Brown coloca um pouco de cada um desses elementos em uma história que não te obriga a ser fã de suspense, ou fantasia, ou magia, ou qualquer uma dessas coisas presentes nos outros artistas.
Dan Brown criou um híbrido.
Uma história que se desenvolve dentro de um suspense sobre qual será o possível desfecho, um universo fantástico e cheio de teorias da conspiração, com uma levada fácil na maneira de escrever, e com um personagem cativante e admirável, mas não impossível de existir.

O autor se propõe a criar uma história que entretém. E é exatamente isso que ele faz. Não há como não se divertir lendo as histórias de Robert Langdon.

Mas então, como essa “mistura” se desenha para nós, leitores?


O Suspense

Dan Brown começa suas histórias dando logo um fato marcante. Ele prende sua atenção com algo que vai lhe fazer ler as próximas 20~30 páginas, e descobrir mais sobre aquilo. E é exatamente assim que se prende o público “mais comum”. Essa é a grande “sacada” de Dan Brown.

Quando uma pessoa não é acostumada a ler histórias longas, ela costuma se cansar rápido lendo um livro longo como O Senhor dos Anéis, que promete suas respostas apenas no final do livro.
Dan Brown é menos ousado, ele não tenta conquistar sua atenção para ler 500 páginas. Ele conquista sua atenção por 30 páginas, e depois mais 30, e depois mais 30... E sem que você perceba, leu um livro de 500 páginas.

Mas como ele faz isso? Ele usa um suspense sutil.
Ele te dá segurança sobre a história como um todo, e te faz focar APENAS na cena que está se passando naquelas 30 páginas.
Você não precisa se preocupar com o que vai acontecer no final do livro, você já “tem uma ideia”.
E então, quando ele já tem sua atenção, sua “certeza”, ele dá uma reviravolta... E pronto: você já está preso na teia que ele teceu.


A Fantasia

Dan Brown criou seu próprio Universo fantástico. Um Universo com teorias da conspiração por todo o canto, e sociedades secretas dominando as ciências, religião e governo.

O grande truque de Dan Brown ao usar essas teorias é bem fácil de se perceber: Ele usa o mundo real.
Quando você lê Tolkien, você é apresentado a elfos, anões, hobbits, dragões, culturas e línguas diferentes das que já conhece. É um mundo estranho. O mundo de Robert Langdon é familiar, é o nosso mundo de todo dia, o nosso cotidiano, as histórias que todos estamos acostumados a escutar.
E o que ele ganha com isso? Ele consegue conquistar um número maior de leitores.
Nem todo mundo quer saber de elfos, anões, hobbits e os problemas deles com anéis de ouro. Mas todos nos interessamos pelo mundo a nossa volta.

Quando Tolkien diz que “os Hobbits pegaram seus pôneis e foram para Bri” é bem diferente de quando Dan Brown diz que “Robert Langdon pegou seu Toyota Corolla e foi pra Paris”. Todos conhecemos Paris, e boa parte de nós se identifica com dirigir um carro.

As histórias de Langdon possuem um Universo apelativo, mas familiar. E pela familiaridade, Dan Brown ganhou o povo.


A Linguagem

Esse é outro grande truque que Dan Brown usou: Ele mescla uma linguagem simples com palavras novas. E por que isso é incrível?

Com essa mescla, o leitor se sente feliz por entender o texto e, ao mesmo tempo, aprende novas palavras para usar no dia-a-dia. Apelando assim para a nossa necessidade de convivência. Todo mundo adora usar novas palavras, soa inteligente, e todo mundo adora se sentir inteligente.


O Aprendizado

É impossível passar por um livro de Dan Brown sem aprender alguma coisa.

Em algumas cenas da história, ele simplesmente pára tudo e começa a dar uma aula sobre o assunto.
Lendo as histórias de Robert Langdon é possível aprender sobre Ciência Noética, Arte, Religião, História, Física, entre outros...

Dan Brown dá uma aula divertida, enquanto conta uma história intrigante, e que vai ser útil nas suas conversas nos próximos 2 a 6 meses.
Ele conquista seus leitores armando-os com assuntos para sua convivência diária em sociedade.


O Personagem Principal

Robert Langdon (nascido em 22 de junho de 1956, em Exeter, New Hampshire, Estados Unidos) é um professor de iconografia religiosa e simbologia, na Universidade de Harvard.
Um homem normal, sem físico de herói (não, nadar todo dia não faz dele um Indiana Jones) e com uma inteligência alcançável, esse é o personagem marcante dos livros de Dan Brown.

Por que esse simples professor, que é mais facilmente imaginado “lendo um livro em frente à uma lareira e vestido com um suéter”, nos faz torcer tanto por ele? Simples, ele é alcançável.

Sherlock Holmes é um personagem altamente inteligente, uma inteligência que nenhuma pessoa pode REALMENTE chegar a acreditar que vai possuir algum dia. Além disso, ele é um conhecedor de artes marciais (como bem vimos no seu último filme)... Ou seja: Ele é o homem mais inteligente do mundo E sabe lutar.
Harry Potter é só um garoto comum no início do livro, mas com o passar do tempo ele aprende magia, coisa que qualquer ser humano com um mínimo de bom senso sabe que é impraticável (pelo menos do jeito que ele faz... Bolas de fogo saindo de varinhas? Pelamor...).
Os Hobbits de Senhor dos Anéis são fracos, mas é meio difícil realmente se ver no lugar de pessoas de 1 metro de altura e pés peludos viajando por um mundo onde existem elfos, orcs e anéis capazes de destruir o mundo.
E para não deixar de fora o gênio Stephen King, vamos citar Roland, o Pistoleiro da Torre Negra. Um homem que mata uma cidade com 2 pistolas... É, meio difícil acreditar que você possa fazer isso...

Robert Langdon, não. Ele é um homem normal, com problemas normais. Ele morre de medo quando uma arma é apontada pra ele (ao invés de usar seu chicote e tirar ela das mãos do inimigo) e se apavora, até mesmo, ao dirigir na contra mão em alta velocidade. Ele não é bom de briga, e boa parte do livro ele está fugindo de alguém ou sendo controlado por uma pessoa (que possua autoridade ou uma arma).
Mas ele consegue, usando a cabeça, sair dessas situações. Ele faz coisas que o leitor é capaz de fazer. Não exigem treinamento, ou até mesmo genialidade... Ele apenas “pensa rápido” e se adapta à situação.
E é por isso que ele é tão apelativo. Ele é normal.


O Conjunto

Como um todo, a obra de Dan Brown é incrível. Não é um clássico, não é insuperável, não é um símbolo de uma era... Mas é inovadora.
O autor faz aquilo que precisa ser feito:
Escreve um livro para entreter o leitor, sem compromisso. Dosando suspense, aventura, fantasia e personagens normais, porém marcantes.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Amizade


Ahhh... As amizades.
As relações mais fáceis e mais difíceis que vamos ter em toda a nossa vida.


John Donne disse certa vez:
"No man is an island"

Traduzindo:
"Nenhum homem é uma ilha"

Mas o que isso significa?
Significa que as pessoas precisam de pessoas.
Ninguém pode viver sozinho... Nós precisamos de amizades.

Durante a nossa caminhada (assunto que eu já tratei aqui, mas vou voltar futuramente pra falar do caminho) acabamos cruzando os caminhos de outras pessoas com as quais é gostoso estar.
Pessoas que podemos confiar.
Pessoas com quem podemos contar.
Pessoas com quem podemos desabafar...
Essas pessoas são aqueles que chamamos de "amigos".

Uma coisa que precisamos entender é que existem diferentes tipos de amigos:
- Aqueles com quem é divertido sair;
- Aqueles com quem é bom desabafar;
- Aqueles que nos fazem rir;
- Aqueles que desabafam conosco;
- Aqueles com quem é legal conversar;
- Aqueles que estão lá sempre que nós precisarmos, etc...

Esses últimos são aqueles que chamamos de melhores amigos.
E existe uma música que serve exatamente para exemplificar o que é essa amizade.
Na verdade, é parte de uma música.
A parte final de Rocket Queen, do Guns N' Roses.

Aqui vai a letra dela:

"[...]
I see you standing
Standing on your own
It's such a lonely place for you
For you to be
If you need a shoulder
Or if you need a friend
I'll be here standing
Until the bitter end
No one needs the sorrow
No one needs the pain
I hate to see you
Walking out there
Out in the rain
So don't chastise me
Or think I, I mean you harm
Or those who take you
Leave you strung out
Much too far
Baby, yeah

Don't ever leave me
Say you'll always be there
All I ever wanted
Was for you
To know that I care
[...]"

(trecho de Rocket Queen - Guns N' Roses)

Domingo

Domingo sempre foi um dia depressivo pra mim...
Talvez pelo fato de ser o dia logo antes da volta às aulas e ao serviço...
Talvez por ser o dia em que se descansa da saída de sábado...
Eu não sei.
Nunca soube...

Há um tempo, eu descobri uma forma
de "salvar meus domingos"... Ou melhor dizendo, uma pessoa.
De qualquer maneira, nem sempre é possível salvá-los... Então eles continuam sendo um problema.

Recentemente (cerca de 15min atrás) li um parágrafo que conseguiu descrever boa parte do que eu sinto sobre domingos.
O parágrafo pertencia ao livro "A Vida, o Universo e Tudo Mais", do gênio Douglas Adams.
E ele é mais ou menos assim:

"Contudo, no final foram as tardes de domingo que se tornaram insuportáveis: aquela terrível sensação de não ter absolutamente nada para fazer que se instala em torno das 14h55, quando você sabe que já tomou um número mais que razoável de banhos naquele dia, quando sabe que, por mais que tente se concentrar nos artigos dos jornais, você nunca conseguirá lê-los nem colocar em prática a nova e revolucionária técnica de jardinagem que eles descrevem, e quando sabe que, enquanto olha para o relógio, os ponteiros se movem impiedosamente em direção às 16 horas e logo você entrará no longo e sombrio entardecer da alma."

(Douglas Adams - A Vida, o Universo e Tudo Mais)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Devorar

"Teu olhar, não me diz exato quem tu és
Mesmo assim eu te devoro
Te devoraria a qualquer preço
Porque te ignoro ou te conheço
Quando chove ou quando faz frio"

- Eu Te Devoro -
- Djavan -

terça-feira, 15 de junho de 2010

Associações

É incrível como uma letra de música pode significar tanto para nós...
Sério! É muito estranho mesmo!

Quando o compositor escreveu aquela letra, ele tinha uma história em mente... Que com certeza era diferente da nossa história.
Então como pode uma música escrita por outra pessoa que nem nos conhece, contar nossa história com tantos detalhes?

Bom, de forma simplificada eu posso dizer que é isso que o nosso cérebro faz... Ele tenta criar associações.
Sabe quando você olha pra uma nuvem e vê um cachorro? Bom, é só uma nuvem... Não é um cachorro!
Mas seu cérebro é "programado" pra identificar padrões nas coisas.
É dessa forma que nós humanos somos capazes de aceitar o mundo a nossa volta.

Mas o que nuvens e cachorros têm a ver com as letras de músicas?
Eles funcionam da mesma forma.
Nós lemos uma letra de música e vemos nossa história nos pequenos detalhes...
Você lê sobre "um beijo em julho" e começa a vasculhar a sua mente para encontrar algum beijo em julho que tenha um significado especial...
Lê "cereja" e identifica isso como uma fruta, um sorvete, uma bala, ou até mesmo uma pessoa...

Nós queremos encontrar essas referências a nossa história. Queremos que aquela música tenha esse significado especial... Mas, por que?
Porque nós queremos que nossa história importe, que ela tenha significado.
Nós queremos lembrar dela para saber que ela foi real, que fez diferença em nossas vidas e na vida das outras pessoas que participaram dela.

Não existe nada errado em procurar associações lá fora...
O importante é lembrar que na hora da verdade, são as SUAS palavras que têm que importar mais.


Existe uma música que eu fui capaz de associar à minha vida no momento em que coloquei os olhos na letra dela pela primeira vez.
O tempo foi passando, e ela foi fazendo cada vez mais sentido...
E, acredito que por isso, eu tenha escolhido ela pra estar aqui nesse post.

A música é "Pieces of Me" da Ashlee Simpson.



E a letra dela:

Pieces of Me
(Ashlee Simpson)

On a Monday, I am waiting
Tuesday, I am fading
And by Wednesday, I can't sleep
Then the phone rings, I hear you
And the darkness is a clear view
'Cause you've come to rescue me

Fall... With you, I fall so fast
I can hardly catch my breath, I hope it lasts

It seems like I can finally rest my head on something real
I like the way that feels
It's as if you know me better than I ever knew myself
I love how you can tell
All the pieces, pieces, pieces of me

I am moody, messy
I get restless, and it's senseless
How you never seem to care

When I'm angry, you listen
Make me happy it's a mission
And you won't stop 'til I'm there

Fall... Sometimes I fall so fast
When I hit that bottom
Crash, you're all I have

How do you know everything I'm about to say?
Am I that obvious?
And if it's written on my face...
I hope it never goes away...

On a Monday, I am waiting
And by Tuesday, I am fading into your arms...
So I can breathe.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Realidade


"Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.
"

- Mário Quintana -

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Amor


"Is it better to love and lost, than to have never been loved?"

Traduzindo:
"É melhor amar e perder, do que nunca ter amado?"


Essa é uma pergunta mais difícil do que parece... E mais profunda do que aparenta.

O "amor" nada mais é que uma representação de "viver intensamente"... Enquanto "não amar" seria "viver cautelosamente".


Quando nos deparamos com um grande amor, nossas emoções ficam todas reviradas...
O ser humano é um ser egoísta por natureza (eu retorno nessa afirmação em um post futuro), e é difícil lidar com o fato de que existe uma pessoa no mundo que é mais importante até do que nós mesmos.
Alguém cuja felicidade é colocada acima da nossa própria...

Mas não vamos nos enganar... Isso aqui é a vida real, não um conto de fadas.

Aqueles entre nós que possuem um maior conhecimento da sua própria mente, sabem que o ser humano quer se convencer de várias coisas... Vê algo em um filme e acredita que essa realmente seja a forma como ele se sente.
É muito bonito acreditar que quando se ama alguém mais do que tudo no mundo, você quer que ela seja feliz longe de você.
Péra lá, meu amigo!

Das duas uma:
Ou você está se iludindo, porque acha que é NOBRE se sentir dessa forma (mesmo que internamente você não se sinta);
Ou você possui uma auto-estima tão baixa que não é capaz de acreditar que pode fazer feliz a pessoa que você considera a mais importante do mundo.

A vida real funciona um pouco diferente...
Quando se ama alguém de verdade, você quer que ela se sinta feliz por estar ao seu lado... Por um gesto seu...
Mas nem sempre isso é possível...

E, com isso, voltamos a nossa frase inicial:
"Is it better to love and lost, than to have never been loved?"

Para sentir algo tão grande assim, você tem que "tirar a armadura". Para amar de verdade, você tem que se tornar "vulnerável"...
Deixar o peito aberto àquela pessoa e torcer para que ela seja digna de tamanha confiança.
Porque no momento em que essa pessoa nos decepciona, o golpe é muito pior...

Da mesma forma que não existe felicidade maior que viver o amor, não existe dor pior que o perder.


Por outro lado, será que viver sem nunca ter encontrado (ou seria... aceitado?) esse amor é o jeito certo?

Viver uma vida longe de riscos, longe de problemas...
Uma vida em que você não possui o medo de sofrer pela perda de um grande amor... É também uma vida na qual você não corre o risco de viver um...


Talvez um dia eu mude de opinião...
Mas, atualmente, eu não consigo aceitar que essa seja a melhor forma de passar os poucos anos que me foram dados.
Porque no "fim", eu quero poder olhar pra trás e pensar:
"Eu vivi minha vida de forma completa..."

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Desvios

Os desvios são vias que permitem que as pessoas se desloquem bem depressa do ponto A ao ponto B ao mesmo tempo que outras pessoas se deslocam bem depressa do ponto B ao ponto A.
As pessoas que moram no ponto C, que fica entre os dois outros, muitas vezes ficam imaginando o que tem de tão interessante no ponto A para que tanta gente do ponto B queira muito ir pra lá, e o que tem de tão interessante no ponto B para que tanta gente do ponto A queira muito ir pra lá.
Ficam pensando como seria bom se as pessoas resolvessem de uma vez por todas onde é que elas querem ficar.

(Douglas Adams - O Guia do Mochileiro das Galáxias)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Universo

É fato conhecido que há um número infinito de mundos, simplesmente porque há um espaço infinito para que esses mundos existam. Todavia, nem todos são habitados. Assim, deve haver um número finito de mundos habitados. Qualquer número finito dividido por infinito é tão perto de zero que não faz diferença, de forma que a população de todos os planetas do Universo pode ser considerada igual a zero. Disso podemos deduzir que a população de todo o Universo também é zero, e que quaisquer pessoas que você possa encontrar de vez em quando são meramente produtos de uma imaginação perturbada.

(Douglas Adams - O Restaurante no Fim do Universo)

sábado, 29 de maio de 2010

Caminhada

Quando eu era mais novo, tinha um filme da Disney que eu adorava!
Minha mãe tinha me dado a fita (sim crianças, naquela época não existiam os DVDs) e eu assistia pelo menos uma vez por semana aquele filme...

O nome do filme? Hércules.

A história de Hércules da Disney, apesar de nada ter a ver com a história contada nas lendas gregas, é muito boa. Provavelmente a melhor que eles já fizeram.

Conta a história de uma pessoa em busca de si mesmo, do seu lugar no mundo.
Essa pessoa não tem noção do que está procurando... E tenta a todo custo se tornar um herói.
Mas ele não queria a glória... Ou a fama...
Ele queria apenas a aceitação da pessoa que ele identificou como sendo seu semelhante (seu pai, Zeus).

E assim somos todos nós... Sempre buscando a aceitação de alguém que consideremos dignos de poder dá-la.

Durante sua jornada, porém, Hércules descobre que o seu lugar no mundo... O lugar onde ele se sentia "em casa"... Não era ao lado dos deuses, e sim ao lado da mulher que ele passou a amar.

E uma das músicas que tocam durante o filme fala exatamente disso.
A música é "Go The Distance" de Michael Bolton. E é uma das músicas mais bonitas que eu já ouvi em toda minha vida.

Aqui um clipe da música:




E aqui a letra dela:

Go The Distance
(Michael Bolton)

I have often dreamed, of a far off place,
Where a hero's welcome, would be waiting for me,
Where the crowds will cheer, when they see my face,
And a voice keeps saying, "this is where I'm meant to be."

I'll be there someday, I can go the distance
I'll find my way, if I can be strong,
I'll know every mile, will be worth my while,
When I go the distance I'll be right where I belong.

Down an unknown road, to embrace my fate
Though the road may wander, it will lead me to you,
And a thousand years, would be worth the wait
It might take a lifetime, but somehow I'll see it through.

And I won't look back, I can go the distance
And I'll stay on track, no, I won't accept defeat
It's an uphill slope, but I won't lose hope
'Till I go the distance, and my journey is complete

But to look beyond the glory is the hardest part
For a hero's strength is measured by his heart

Like a shooting star, I can go the distance
I will search the world, I will face its harms
I don't care how far, I can go the distance
'Till I find my hero's welcome, waiting in your arms

I will search the world, I will face its harms,
'Till I find my hero's welcome, waiting in your arms