segunda-feira, 28 de junho de 2010

Amizade


Ahhh... As amizades.
As relações mais fáceis e mais difíceis que vamos ter em toda a nossa vida.


John Donne disse certa vez:
"No man is an island"

Traduzindo:
"Nenhum homem é uma ilha"

Mas o que isso significa?
Significa que as pessoas precisam de pessoas.
Ninguém pode viver sozinho... Nós precisamos de amizades.

Durante a nossa caminhada (assunto que eu já tratei aqui, mas vou voltar futuramente pra falar do caminho) acabamos cruzando os caminhos de outras pessoas com as quais é gostoso estar.
Pessoas que podemos confiar.
Pessoas com quem podemos contar.
Pessoas com quem podemos desabafar...
Essas pessoas são aqueles que chamamos de "amigos".

Uma coisa que precisamos entender é que existem diferentes tipos de amigos:
- Aqueles com quem é divertido sair;
- Aqueles com quem é bom desabafar;
- Aqueles que nos fazem rir;
- Aqueles que desabafam conosco;
- Aqueles com quem é legal conversar;
- Aqueles que estão lá sempre que nós precisarmos, etc...

Esses últimos são aqueles que chamamos de melhores amigos.
E existe uma música que serve exatamente para exemplificar o que é essa amizade.
Na verdade, é parte de uma música.
A parte final de Rocket Queen, do Guns N' Roses.

Aqui vai a letra dela:

"[...]
I see you standing
Standing on your own
It's such a lonely place for you
For you to be
If you need a shoulder
Or if you need a friend
I'll be here standing
Until the bitter end
No one needs the sorrow
No one needs the pain
I hate to see you
Walking out there
Out in the rain
So don't chastise me
Or think I, I mean you harm
Or those who take you
Leave you strung out
Much too far
Baby, yeah

Don't ever leave me
Say you'll always be there
All I ever wanted
Was for you
To know that I care
[...]"

(trecho de Rocket Queen - Guns N' Roses)

Domingo

Domingo sempre foi um dia depressivo pra mim...
Talvez pelo fato de ser o dia logo antes da volta às aulas e ao serviço...
Talvez por ser o dia em que se descansa da saída de sábado...
Eu não sei.
Nunca soube...

Há um tempo, eu descobri uma forma
de "salvar meus domingos"... Ou melhor dizendo, uma pessoa.
De qualquer maneira, nem sempre é possível salvá-los... Então eles continuam sendo um problema.

Recentemente (cerca de 15min atrás) li um parágrafo que conseguiu descrever boa parte do que eu sinto sobre domingos.
O parágrafo pertencia ao livro "A Vida, o Universo e Tudo Mais", do gênio Douglas Adams.
E ele é mais ou menos assim:

"Contudo, no final foram as tardes de domingo que se tornaram insuportáveis: aquela terrível sensação de não ter absolutamente nada para fazer que se instala em torno das 14h55, quando você sabe que já tomou um número mais que razoável de banhos naquele dia, quando sabe que, por mais que tente se concentrar nos artigos dos jornais, você nunca conseguirá lê-los nem colocar em prática a nova e revolucionária técnica de jardinagem que eles descrevem, e quando sabe que, enquanto olha para o relógio, os ponteiros se movem impiedosamente em direção às 16 horas e logo você entrará no longo e sombrio entardecer da alma."

(Douglas Adams - A Vida, o Universo e Tudo Mais)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Devorar

"Teu olhar, não me diz exato quem tu és
Mesmo assim eu te devoro
Te devoraria a qualquer preço
Porque te ignoro ou te conheço
Quando chove ou quando faz frio"

- Eu Te Devoro -
- Djavan -

terça-feira, 15 de junho de 2010

Associações

É incrível como uma letra de música pode significar tanto para nós...
Sério! É muito estranho mesmo!

Quando o compositor escreveu aquela letra, ele tinha uma história em mente... Que com certeza era diferente da nossa história.
Então como pode uma música escrita por outra pessoa que nem nos conhece, contar nossa história com tantos detalhes?

Bom, de forma simplificada eu posso dizer que é isso que o nosso cérebro faz... Ele tenta criar associações.
Sabe quando você olha pra uma nuvem e vê um cachorro? Bom, é só uma nuvem... Não é um cachorro!
Mas seu cérebro é "programado" pra identificar padrões nas coisas.
É dessa forma que nós humanos somos capazes de aceitar o mundo a nossa volta.

Mas o que nuvens e cachorros têm a ver com as letras de músicas?
Eles funcionam da mesma forma.
Nós lemos uma letra de música e vemos nossa história nos pequenos detalhes...
Você lê sobre "um beijo em julho" e começa a vasculhar a sua mente para encontrar algum beijo em julho que tenha um significado especial...
Lê "cereja" e identifica isso como uma fruta, um sorvete, uma bala, ou até mesmo uma pessoa...

Nós queremos encontrar essas referências a nossa história. Queremos que aquela música tenha esse significado especial... Mas, por que?
Porque nós queremos que nossa história importe, que ela tenha significado.
Nós queremos lembrar dela para saber que ela foi real, que fez diferença em nossas vidas e na vida das outras pessoas que participaram dela.

Não existe nada errado em procurar associações lá fora...
O importante é lembrar que na hora da verdade, são as SUAS palavras que têm que importar mais.


Existe uma música que eu fui capaz de associar à minha vida no momento em que coloquei os olhos na letra dela pela primeira vez.
O tempo foi passando, e ela foi fazendo cada vez mais sentido...
E, acredito que por isso, eu tenha escolhido ela pra estar aqui nesse post.

A música é "Pieces of Me" da Ashlee Simpson.



E a letra dela:

Pieces of Me
(Ashlee Simpson)

On a Monday, I am waiting
Tuesday, I am fading
And by Wednesday, I can't sleep
Then the phone rings, I hear you
And the darkness is a clear view
'Cause you've come to rescue me

Fall... With you, I fall so fast
I can hardly catch my breath, I hope it lasts

It seems like I can finally rest my head on something real
I like the way that feels
It's as if you know me better than I ever knew myself
I love how you can tell
All the pieces, pieces, pieces of me

I am moody, messy
I get restless, and it's senseless
How you never seem to care

When I'm angry, you listen
Make me happy it's a mission
And you won't stop 'til I'm there

Fall... Sometimes I fall so fast
When I hit that bottom
Crash, you're all I have

How do you know everything I'm about to say?
Am I that obvious?
And if it's written on my face...
I hope it never goes away...

On a Monday, I am waiting
And by Tuesday, I am fading into your arms...
So I can breathe.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Realidade


"Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.
"

- Mário Quintana -

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Amor


"Is it better to love and lost, than to have never been loved?"

Traduzindo:
"É melhor amar e perder, do que nunca ter amado?"


Essa é uma pergunta mais difícil do que parece... E mais profunda do que aparenta.

O "amor" nada mais é que uma representação de "viver intensamente"... Enquanto "não amar" seria "viver cautelosamente".


Quando nos deparamos com um grande amor, nossas emoções ficam todas reviradas...
O ser humano é um ser egoísta por natureza (eu retorno nessa afirmação em um post futuro), e é difícil lidar com o fato de que existe uma pessoa no mundo que é mais importante até do que nós mesmos.
Alguém cuja felicidade é colocada acima da nossa própria...

Mas não vamos nos enganar... Isso aqui é a vida real, não um conto de fadas.

Aqueles entre nós que possuem um maior conhecimento da sua própria mente, sabem que o ser humano quer se convencer de várias coisas... Vê algo em um filme e acredita que essa realmente seja a forma como ele se sente.
É muito bonito acreditar que quando se ama alguém mais do que tudo no mundo, você quer que ela seja feliz longe de você.
Péra lá, meu amigo!

Das duas uma:
Ou você está se iludindo, porque acha que é NOBRE se sentir dessa forma (mesmo que internamente você não se sinta);
Ou você possui uma auto-estima tão baixa que não é capaz de acreditar que pode fazer feliz a pessoa que você considera a mais importante do mundo.

A vida real funciona um pouco diferente...
Quando se ama alguém de verdade, você quer que ela se sinta feliz por estar ao seu lado... Por um gesto seu...
Mas nem sempre isso é possível...

E, com isso, voltamos a nossa frase inicial:
"Is it better to love and lost, than to have never been loved?"

Para sentir algo tão grande assim, você tem que "tirar a armadura". Para amar de verdade, você tem que se tornar "vulnerável"...
Deixar o peito aberto àquela pessoa e torcer para que ela seja digna de tamanha confiança.
Porque no momento em que essa pessoa nos decepciona, o golpe é muito pior...

Da mesma forma que não existe felicidade maior que viver o amor, não existe dor pior que o perder.


Por outro lado, será que viver sem nunca ter encontrado (ou seria... aceitado?) esse amor é o jeito certo?

Viver uma vida longe de riscos, longe de problemas...
Uma vida em que você não possui o medo de sofrer pela perda de um grande amor... É também uma vida na qual você não corre o risco de viver um...


Talvez um dia eu mude de opinião...
Mas, atualmente, eu não consigo aceitar que essa seja a melhor forma de passar os poucos anos que me foram dados.
Porque no "fim", eu quero poder olhar pra trás e pensar:
"Eu vivi minha vida de forma completa..."

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Desvios

Os desvios são vias que permitem que as pessoas se desloquem bem depressa do ponto A ao ponto B ao mesmo tempo que outras pessoas se deslocam bem depressa do ponto B ao ponto A.
As pessoas que moram no ponto C, que fica entre os dois outros, muitas vezes ficam imaginando o que tem de tão interessante no ponto A para que tanta gente do ponto B queira muito ir pra lá, e o que tem de tão interessante no ponto B para que tanta gente do ponto A queira muito ir pra lá.
Ficam pensando como seria bom se as pessoas resolvessem de uma vez por todas onde é que elas querem ficar.

(Douglas Adams - O Guia do Mochileiro das Galáxias)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Universo

É fato conhecido que há um número infinito de mundos, simplesmente porque há um espaço infinito para que esses mundos existam. Todavia, nem todos são habitados. Assim, deve haver um número finito de mundos habitados. Qualquer número finito dividido por infinito é tão perto de zero que não faz diferença, de forma que a população de todos os planetas do Universo pode ser considerada igual a zero. Disso podemos deduzir que a população de todo o Universo também é zero, e que quaisquer pessoas que você possa encontrar de vez em quando são meramente produtos de uma imaginação perturbada.

(Douglas Adams - O Restaurante no Fim do Universo)