sábado, 24 de julho de 2010

Liberdade

Liberdade...
Esse é um tema complicado para se abordar.
E eu não prometo respostas ao longo deste texto, apenas perguntas inteligentes. Que talvez você mesmo deva se fazer.

Acredito que o primeiro passo quando tratamos desse tema seja o de afirmar que a liberdade é um conceito mutável, e depende muito do ponto de vista do observador.
Essa afirmação se baseia nas diferentes formas de liberdade que encontramos ao longo de nossa vida. Eu gostaria de falar brevemente de algumas:

Quando temos cerca de 3~6 anos, a nossa “liberdade” é andar pelas ruas sem ser carregado ou segurar a mão dos nossos pais.

Quando entramos na adolescência, “liberdade” se torna um conceito mais amplo. E é diferente para cada tipo de pessoa.
Existem aquelas que acreditam que poder tomar suas próprias decisões (e muitas vezes, elas nem ao menos sabem que decisões são essas) é a “liberdade”.
Algumas acreditam que possuir liberdade é poder sair quando quiser com os amigos.
Outras acreditam que essa tal liberdade é a de dormir no horário que quiser (seja por determinação dos pais ou por precisar acordar cedo para ir ao colégio).

Será que essas pessoas sabem o que buscam?
Será que elas entendem como realmente funciona a vida adulta, e as responsabilidades que acompanham a “liberdade” que elas tanto buscam?

Outras ainda, acreditam que a liberdade só virá ao se alcançar a maioridade. E essa talvez seja a concepção mais fantasiosa que possuímos e, portanto, uma das que eu mais gostaria de abordar nesse texto.

Diversas vezes em nossa vida ansiamos por algo que nem ao menos sabemos o que é.
Nesse caso específico, uma “liberdade” que nem entendemos.
A maioria das pessoas anseia pela maioridade e a “liberdade” que a acompanha, sem nem ao menos se dar ao trabalho de pensar:
Que liberdade é essa? E o que eu farei com ela?

Um outro tipo de liberdade que é muito desejada, é a liberdade que “ser solteiro” nos proporciona.
Diversas vezes em minha vida ouvi alguém dizer que não gostava de se sentir “preso” à outra pessoa - namorado(a), marido(esposa). Que desejava a “liberdade”.

Mas o que é essa liberdade?

Se você analisar ponto a ponto aquilo que busca, será que ainda o buscará? Ou será que buscamos uma utopia que nem entendemos?

O que muitas pessoas desejam é a possibilidade de obter novas experiências com outras pessoas. Vamos tentar entender isso...
O processo de conquista é sempre muito interessante para ambos os lados. O flerte, os olhares... Conhecer uma pessoa nova.
Mas, em termos de experiência, o que você ganha?
O flerte e os olhares não são relevantes nesse ponto, isso é um fato. Conhecer uma pessoa nova? Bom, você realmente precisa estar solteiro(a) para ter experiências assim? Ou você pode dividir isso com alguém que já lhe proporciona o prazer físico de uma relação, com o adicional de lhe proporcionar uma companhia mais profunda?

O que eu quero dizer é:
Até se passar todo o processo de conhecer alguém e se conquistar a intimidade, não se têm muita vantagem.
Conhecer alguém do zero pode ser classificado como uma nova experiência e novos horizontes... Porém, o quão diferente isso se torna das experiências com alguém que você já possui uma intimidade maior?
Então, seria esse um desejo real do nosso ser? Ou seria apenas um reflexo da sociedade em nossas mentes?
Será que “a grama do vizinho parece sempre mais verde”? Será que é apenas um reflexo da constante insatisfação do ser humano?

Uma pergunta que não me sai da cabeça, quando penso sobre esse tema, é:
A liberdade de ser você por completo com alguém que você possui a intimidade conquistada ao longo de um relacionamento é menos importante que a liberdade de conhecer pessoas novas?

Na busca por essas respostas, devemos olhar para dentro de nós mesmos.
E tentar entender onde o nosso prazer realmente se encontra.

A “liberdade” que buscamos realmente existe? Ou é um conceito que criamos (assim como “Deus”) para termos uma resposta para nossos questionamentos em momentos difíceis?

A resposta para essas perguntas? It’s up to you, guys...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Poesias - Confusão

Confusão

Que saudades que eu sinto
Do teu beijo, teu encanto
O teu ser, tua magia
Tua força, teu acalanto

Você vem, tal qual a noite
E na aurora se esvai
Esperança em teu olhar
Sentimento é o que te trai

A boca fala de distância
E ela mesma volta atrás
Os teus olhos dizem tudo
Quando teu coração se distrai

E eu vivo nessa história
A cada dia, a cada ano
Ter certeza é mais confuso
Mesmo assim, eu sei, te amo


Felipe Ricardo Machado
01h01min
14 de Abril de 2010
&
03h07min
21 de Abril de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Livros I - O Leitor

Eu sou um Leitor. Com letra maiúscula mesmo...
Se tem uma coisa que eu SEMPRE gostei de fazer foi ler.

O primeiro livro que eu li (tirando histórias em quadrinhos e contos de fada) foi "O Pequeno Príncipe".
Eu lembro que adorei o livro... Mas não lembro de NENHUM detalhe da história.
Nadinha mesmo... Pode me perguntar que eu não sei nem sobre o que é o livro...
Eu tinha menos de 10 anos na época... E apesar da história em si não ter me marcado o suficiente pra eu lembrar hoje em dia, foi um livro muito importante na minha vida.

Foi graças a ele que eu comecei a ler mais... Li boa parte daquela série... Vagalume?
Ótimas histórias...

Foi graças a ele, também, que eu comecei a escrever.
Eu devia ter uns 10 anos quando escrevi minha primeira poesia... E ela ficou incrivelmente boa (até hoje eu acho que é uma das minhas melhores poesias).

Houve um grande período em que eu lia apenas histórias em quadrinhos (Homem-Aranha, Batman, Turma da Mônica...) e deixei os livros de lado.
Quando minha paixão voltou (lá no 2º Grau) foi com "O Senhor dos Anéis".

O Universo de Tolkien é incrível, e a forma como ele conta a história é incrível... E é ainda mais incrível eu ter me interessado por ela.
Quando eu leio um livro, eu busco um Personagem Principal marcante.
Eu acho que se você quer contar uma história sobre aquela pessoa, ela deve valer uma história.
Mas "O Senhor dos Anéis" não possui um personagem principal claro... O personagem principal é A Terra Média.

E foi graças ao Senhor dos Anéis que eu abri meus horizontes pra leitura...
Aprender a apreciar uma história por diferentes motivos é um grande avanço para um leitor.

Eu passei a entender que algumas histórias são sobre pessoas; algumas são sobre acontecimentos; algumas são sobre locais; etc...

Para o leitor, é necessário entender quem (ou o que) é o personagem principal daquela história, e só assim ele vai ser capaz de apreciar o que o escritor queria passar.

Quando você começar a ler um novo livro, ou assistir um novo filme, ou uma série de tv... Pegue um momento e tente analisar qual a intenção do escritor.
Sobre quem era aquela história?
O que ele queria que você, leitor/telespectador, absorvesse quando olhasse para a história dele?


Se você fizer isso, eu garanto, que você vai se tornar um leitor melhor (e vai conseguir entender o final de Lost).


Obs.: Esse é o primeiro post de alguns (não sei quantos, vou descobrir enquanto escrevo) sobre o mundo dos livros e das histórias. O segundo vai ser sobre Personagens Principais.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Solidão

Sabe como às vezes você se sente sozinho?
Mesmo em meio a dezenas, até centenas, de pessoas...

Poisé... Eu me sinto assim de quando em quando...
Afinal, nem todos os dias podem ser bons! Alguns vão ser uma merda foda...

Às vezes o que faz um dia ser uma merda não é um grande acontecimento, e sim aqueles vários pequenos acontecimentos que fodem com tudo...
Uma notícia que você não queria receber... Uma ligação que não sai bem... Uma briga que não deveria acontecer... Uma decepção... Uma pessoa que tem o dom de não saber o que diabos está fazendo... Uma verdade...

Sabe... Verdades são as piores notícias ruins que existem.
Porque elas são verdades... E a verdade é necessária, você precisa dela... E ao mesmo tempo ela pode ser dolorosa...

Para dias ruins... Em que a solidão bate e a tristeza é um saco de enfrentar, tem uma música que diz tudo:

Under The Bridge
- Red Hot Chili Peppers -

Sometimes I feel like I don't have a partner
Sometimes I feel like my only friend
Is the city I live in, the city of angels
Lonely as I am, together we cry.

I drive on her streets 'cause she's my companion
I walk through her hills 'cause she knows who I am
She sees my good deeds and she kisses me windy
I never worry, now that is a lie.

Well, I don't ever wanna feel like I did that day
Take me to the place I love, take me all the way
I don't ever wanna feel like I did that day
Take me to the place I love, take me all the way...

It's hard to believe that there's nobody out there
It's hard to believe that I'm all alone
At least I have her love, the city she loves me
Lonely as I am, together we cry

Well, I don't ever wanna feel like I did that day
Take me to the place I love, take me all the way
Well, I don't ever wanna feel like I did that day
Take me to the place I love, take me all the way, yeah...




Egoísmo


"O ser humano é egoísta por natureza."


Eu disse que voltaria nessa frase futuramente... Bom, esse futuro chegou.


Esse é um texto difícil de começar... Ele não tem bem um início...
Eu tentei procurar na internet sobre grandes filósofos que tivessem dito isso antes de mim. Não encontrei nenhum.

Há muito tempo atrás eu estava conversando com uma pessoa (não me recordo agora quem) e ela me contou - com muito orgulho - que tinha dado esmola pra uma pessoa no ônibus, enquanto voltava da igreja.
Isso chamou minha atenção...

Alguns dias depois eu parei pra pensar sobre isso.
(Eu costumo demorar pra voltar aos assuntos que chamam minha atenção... Isso faz com que minha mente tenha tempo de juntar todas as informações sobre ele.)
E eu comecei a ver como as ações supostamente altruístas, têm um fundo de egoísmo.

Quando uma pessoa religiosa dá esmola para um mendigo, ela está fazendo sua "boa ação", garantindo seu lugar no céu...
Porra! É a idade média dando as caras novamente!!!

Para aqueles que não sabem, durante a idade média a igreja vendia pedaços do céu para os fiéis que pudessem pagar. Sério!
Todos os seus pecados estariam perdoados se você desse MUITO dinheiro pra igreja...
E se você fosse pobre, o inferno lhe aguardava...

Hoje em dia esse ato está mais velado... Mas mantivemos o mesmo pensamento, os mesmos "costumes".
Ajudar o próximo não é um ato de bondade, e sim uma forma de garantirmos nossa vaga no céu.
Aí você vem, todo meninão, e me diz que não acredita em céu e inferno... Que você é um cara budista, espírita, taoísta... Ou qualquer coisa assim...
Pois eu te digo que "Dá na mesma..."

Algumas culturas acreditam em Karma... Ou evolução do espírito... Ou qualquer outra coisa...
Todos nós temos isso preso em nossas mentes.
Fazemos algo pelos outros para nos sentirmos bem com nós mesmos. Isso é egoísmo.


É complicado ver o mundo dessa forma... Quer dizer... Quando todos os atos de bondade parecem ser egoístas, como acreditar na raça humana?
E a resposta é bem simples: Não acredite.

Por que visualizar uma sociedade utópica em que todos fazemos coisas boas por puro altruísmo de nosso ser?
Por que tentar nos enganar pensando que o mundo é melhor do que realmente é?
O mundo é dessa forma, e ele vem funcionando, até que, bem pelos últimos 10.000 anos ou algo assim...
Temos injustiças? Sim.
Temos discriminação? Sim.
Temos ignorância? Sim.
Temos hipocrisia? Pra caralho...

Mas essa vontade de nos sentirmos bem com nós mesmos... De garantir nosso lugar no céu... Faz com que as pessoas sejam melhores umas com as outras.
Não é o ideal, mas é o que dá pra conseguir agora.

Tentar negar isso, ou arranjar desculpas, é apenas uma forma de tentar mudar o mundo todo de uma vez.
E isso nunca vai dar certo...

O caminho para mudar isso... Esse egoísmo nato, essa hipocrisia, essa ignorância... É mudar a mente de umas poucas pessoas e esperar que elas passem isso adiante (mais ou menos como eu tento fazer com vocês, que têm a paciência de ler meus textos every now and then).

Então, estou contando com vocês... (por puro egoísmo meu, mesmo... =P)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Férias

Amanhã é meu último dia de trabalho antes de sair de férias! \o/

Eu REALMENTE estava precisando de férias...
Chegam certos momentos em que fica impossível seguir sem um descanso...
O corpo não aguenta (eu ando me alimentando muito mal nos últimos dias) e muito menos a mente (...).

Estando de férias, é provável que eu consiga escrever mais vezes aqui. Porém, o aumento de tempo gasto dentro de casa pode acarretar em uma falta de assunto...
Como tudo na vida, esta é uma situação em que duas coisas completamente opostas possuem uma grande chance de acontecer... E fazem todo o sentido do mundo!

Nesses momentos eu me pergunto o porque de estudar a mente humana...
Se o estudo da mesma apenas lhe dá a clareza de ver que duas coisas completamente opostas podem vir a acontecer...


Num exemplo:
Caso o mundo viesse a acabar, a única diferença entre um sábio e uma pessoa comum é que o sábio entenderia o motivo de estar morrendo... E isso é mesmo tão importante?



[...]



E esse é o resultado de eu tentar fazer um post falando de férias... Uma indagação do porque de estudar a mente humana...
Vocês viram o motivo de eu precisar de férias????

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Review - O Código Dan Brown

Esse texto é diferente das coisas que eu normalmente coloco aqui...
Ele é um review de uma obra.
Eu farei alguns outros desse no futuro (pretendo fazer um sobre O Mochileiro das Galáxias, um sobre Senhor dos Anéis, Harry Potter, Musashi e A Torre Negra).

O texto foi colocado primeiro aqui.
Esse site é meu e de uns amigos. Nós pretendemos colocar alguns podcasts nele ao longo do ano e manter ele sempre atualizado (mas isso está exigindo mais tempo do que eles têm disponível no momento).

Então, fiquem com uma análise da obra de Dan Brown e aprenda como fazer uma boa história que não envolva elfos, dragões ou vampiros de sexualidade duvidosa:


O Código Dan Brown


O que nos leva a ler os livros de Dan Brown?
Por que ele se tornou um fenômeno?

Diferente de Stephen King, Dan Brown não é um rei quando se trata de suspense. Os livros não são sobre deixar o leitor tenso e sem saber o que vai acontecer... Ou com medo do monstro (muitas vezes, um homem, ou mulher, comum nas histórias de Stephen) que pode surgir na próxima porta.
Diferente de Tolkien, Dan Brown não é o rei da fantasia. Seus livros não são sobre um universo fantástico e que cativa o leitor pela criatividade e grandiosidade da obra.
Diferente de J. K. Rowling, Dan Brown não criou livros com uma linguagem simples e facilmente aceita perante as crianças. Que leva as pessoas a lerem pelo fato de que elas conseguem entender o que se passa.
Diferente de Arthur Conan Doyle, Dan Brown não criou um personagem extremamente inteligente e capaz de decifrar qualquer coisa. As histórias de Sherlock Holmes mostram um homem quase surreal, capaz de ver histórias mirabolantes a partir de detalhes mínimos.

Então... O que faz das histórias de Dan Brown o fenômeno que são?
É simples, a junção dessas coisas.

Dan Brown coloca um pouco de cada um desses elementos em uma história que não te obriga a ser fã de suspense, ou fantasia, ou magia, ou qualquer uma dessas coisas presentes nos outros artistas.
Dan Brown criou um híbrido.
Uma história que se desenvolve dentro de um suspense sobre qual será o possível desfecho, um universo fantástico e cheio de teorias da conspiração, com uma levada fácil na maneira de escrever, e com um personagem cativante e admirável, mas não impossível de existir.

O autor se propõe a criar uma história que entretém. E é exatamente isso que ele faz. Não há como não se divertir lendo as histórias de Robert Langdon.

Mas então, como essa “mistura” se desenha para nós, leitores?


O Suspense

Dan Brown começa suas histórias dando logo um fato marcante. Ele prende sua atenção com algo que vai lhe fazer ler as próximas 20~30 páginas, e descobrir mais sobre aquilo. E é exatamente assim que se prende o público “mais comum”. Essa é a grande “sacada” de Dan Brown.

Quando uma pessoa não é acostumada a ler histórias longas, ela costuma se cansar rápido lendo um livro longo como O Senhor dos Anéis, que promete suas respostas apenas no final do livro.
Dan Brown é menos ousado, ele não tenta conquistar sua atenção para ler 500 páginas. Ele conquista sua atenção por 30 páginas, e depois mais 30, e depois mais 30... E sem que você perceba, leu um livro de 500 páginas.

Mas como ele faz isso? Ele usa um suspense sutil.
Ele te dá segurança sobre a história como um todo, e te faz focar APENAS na cena que está se passando naquelas 30 páginas.
Você não precisa se preocupar com o que vai acontecer no final do livro, você já “tem uma ideia”.
E então, quando ele já tem sua atenção, sua “certeza”, ele dá uma reviravolta... E pronto: você já está preso na teia que ele teceu.


A Fantasia

Dan Brown criou seu próprio Universo fantástico. Um Universo com teorias da conspiração por todo o canto, e sociedades secretas dominando as ciências, religião e governo.

O grande truque de Dan Brown ao usar essas teorias é bem fácil de se perceber: Ele usa o mundo real.
Quando você lê Tolkien, você é apresentado a elfos, anões, hobbits, dragões, culturas e línguas diferentes das que já conhece. É um mundo estranho. O mundo de Robert Langdon é familiar, é o nosso mundo de todo dia, o nosso cotidiano, as histórias que todos estamos acostumados a escutar.
E o que ele ganha com isso? Ele consegue conquistar um número maior de leitores.
Nem todo mundo quer saber de elfos, anões, hobbits e os problemas deles com anéis de ouro. Mas todos nos interessamos pelo mundo a nossa volta.

Quando Tolkien diz que “os Hobbits pegaram seus pôneis e foram para Bri” é bem diferente de quando Dan Brown diz que “Robert Langdon pegou seu Toyota Corolla e foi pra Paris”. Todos conhecemos Paris, e boa parte de nós se identifica com dirigir um carro.

As histórias de Langdon possuem um Universo apelativo, mas familiar. E pela familiaridade, Dan Brown ganhou o povo.


A Linguagem

Esse é outro grande truque que Dan Brown usou: Ele mescla uma linguagem simples com palavras novas. E por que isso é incrível?

Com essa mescla, o leitor se sente feliz por entender o texto e, ao mesmo tempo, aprende novas palavras para usar no dia-a-dia. Apelando assim para a nossa necessidade de convivência. Todo mundo adora usar novas palavras, soa inteligente, e todo mundo adora se sentir inteligente.


O Aprendizado

É impossível passar por um livro de Dan Brown sem aprender alguma coisa.

Em algumas cenas da história, ele simplesmente pára tudo e começa a dar uma aula sobre o assunto.
Lendo as histórias de Robert Langdon é possível aprender sobre Ciência Noética, Arte, Religião, História, Física, entre outros...

Dan Brown dá uma aula divertida, enquanto conta uma história intrigante, e que vai ser útil nas suas conversas nos próximos 2 a 6 meses.
Ele conquista seus leitores armando-os com assuntos para sua convivência diária em sociedade.


O Personagem Principal

Robert Langdon (nascido em 22 de junho de 1956, em Exeter, New Hampshire, Estados Unidos) é um professor de iconografia religiosa e simbologia, na Universidade de Harvard.
Um homem normal, sem físico de herói (não, nadar todo dia não faz dele um Indiana Jones) e com uma inteligência alcançável, esse é o personagem marcante dos livros de Dan Brown.

Por que esse simples professor, que é mais facilmente imaginado “lendo um livro em frente à uma lareira e vestido com um suéter”, nos faz torcer tanto por ele? Simples, ele é alcançável.

Sherlock Holmes é um personagem altamente inteligente, uma inteligência que nenhuma pessoa pode REALMENTE chegar a acreditar que vai possuir algum dia. Além disso, ele é um conhecedor de artes marciais (como bem vimos no seu último filme)... Ou seja: Ele é o homem mais inteligente do mundo E sabe lutar.
Harry Potter é só um garoto comum no início do livro, mas com o passar do tempo ele aprende magia, coisa que qualquer ser humano com um mínimo de bom senso sabe que é impraticável (pelo menos do jeito que ele faz... Bolas de fogo saindo de varinhas? Pelamor...).
Os Hobbits de Senhor dos Anéis são fracos, mas é meio difícil realmente se ver no lugar de pessoas de 1 metro de altura e pés peludos viajando por um mundo onde existem elfos, orcs e anéis capazes de destruir o mundo.
E para não deixar de fora o gênio Stephen King, vamos citar Roland, o Pistoleiro da Torre Negra. Um homem que mata uma cidade com 2 pistolas... É, meio difícil acreditar que você possa fazer isso...

Robert Langdon, não. Ele é um homem normal, com problemas normais. Ele morre de medo quando uma arma é apontada pra ele (ao invés de usar seu chicote e tirar ela das mãos do inimigo) e se apavora, até mesmo, ao dirigir na contra mão em alta velocidade. Ele não é bom de briga, e boa parte do livro ele está fugindo de alguém ou sendo controlado por uma pessoa (que possua autoridade ou uma arma).
Mas ele consegue, usando a cabeça, sair dessas situações. Ele faz coisas que o leitor é capaz de fazer. Não exigem treinamento, ou até mesmo genialidade... Ele apenas “pensa rápido” e se adapta à situação.
E é por isso que ele é tão apelativo. Ele é normal.


O Conjunto

Como um todo, a obra de Dan Brown é incrível. Não é um clássico, não é insuperável, não é um símbolo de uma era... Mas é inovadora.
O autor faz aquilo que precisa ser feito:
Escreve um livro para entreter o leitor, sem compromisso. Dosando suspense, aventura, fantasia e personagens normais, porém marcantes.