sábado, 18 de setembro de 2010

Músicas (Parte 01)

Eu provavelmente vou fazer mais outros posts assim, então já vou até colocar o "parte 1" no nome do post.

Aí vão alguns pedacinhos de músicas... Músicas que fazem parte do que eu ando escutando agora.
Afinal, essa também é uma forma de expressar nossa personalidade e pensamentos.
Podemos dizer o estado de espírito de uma pessoa apenas por sua setlist e por aquilo que a agrada em termos de letras.

Nesse nosso estudo sobre a mente humana, inclusive nossa própria, devemos parar e olhar pra nossa setlist com certa frequência...


A tournament, a tournament, a tournament of lies!
Offer me solutions, and offer me alternatives, and I decline!
It's the end of the world as we know it
(It's time I had some time alone)

And I feel fine...

Um torneio, um torneio, um torneio de mentiras!
Ofereça-me soluções, e ofereça-me alternativas, e eu declino!
É o fim do mundo como o conhecemos
(Estava na hora de eu ter um tempo sozinho)
E eu me sinto bem...

(It's the End of the World as We Know It - R.E.M.)







Tarinai kotoba no kubomi
Wo nanide umetaraiin darou...
Mou wakaranai yo

Você não fala nada
Mas seus olhos falam por si só...
E eu não sei direito o quê

(Alones - Aqua Timez)







I know you were never mine to keep
But I know that I’ll see you in my sleep
Time has been unkind and kept me far from you...

Eu sei que você nunca foi minha pra guardar
Mas eu sei que vou ver você nos meus sonhos
O tempo tem sido cruel e me mantido longe de você...

(In My Sleep - Austin Hartley-Leonard & Kendall Jane Meade)


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Aceitação

Foreman - "This wasn't your fault"
House - "THAT'S THE POINT! I did everything right. She died anyway! Why the hell do you think that would make me feel any better?"

Season Finale de House sempre é destruidor, e o final da sexta temporada não poderia ser diferente...
Existem 2 grandes pontos no episódio.
Um deles é uma "redenção" de House... E talvez eu venha a falar dele futuramente...
Mas a frase que realmente me fez querer escrever foi essa aí em cima.

Uma tradução, não-literal, porém com o sentido mais aproximado que nossa língua permite, seria:
Foreman - "Não foi culpa sua"
House - "É POR ISSO MESMO!! Eu fiz tudo certo. Ela morreu do mesmo jeito!! Por que diabos você acha que isso me faria me sentir melhor?"


House não consegue lidar com certas coisas na vida... E uma delas é a sensação de "impotência".

Quando não se tem as alegrias normais do dia-a-dia (amigos, amores, carinhos), sua mente tende a procurar uma outra forma de lidar com a necessidade de "se aceitar".
No caso de House, ele substitui o sentimento de "ser amado" pelo sentimento de "estar certo".

Ele pode ser a pessoa mais anti-social da face da terra... E sabe que as pessoas vão, eventualmente, se afastar dele.
Mas ele também sabe que, no fundo, elas precisam dele. Precisam dele porque ele sempre está certo.

Levando isso em conta, fica claro que a sensação de se sentir impotente diante daquilo em que ele se considera o melhor é a pior que House pode experimentar. Ela faz com que ele passe a acreditar que as pessoas não mais precisarão dele...
E ele seria apenas uma pessoa anti-social jogada em um canto, sozinha...


Será que ele está certo em acreditar nisso?
Será que as pessoas a volta de House só se relacionam com ele porque ele é inteligente e está sempre certo?

Algumas pessoas possuem uma qualidade... Algo que atrai outras pessoas...
Sua inteligência, sua perspicácia, seu conhecimento abrangente... Qualquer coisa assim.
Será que no momento em que essas coisas deixarem de ser incríveis e nós nos tornarmos apenas... "humanos"... Aquelas pessoas que nós atraímos vão querer continuar lá?
Será que no momento em que a "magia" acaba, nós somos apenas pessoas com menor capacidade de interação social?


Este texto não tem um final... Porque eu não sei como responder essas dúvidas.
Eu não tenho a minha conclusão... Eu não tenho nem ideia...
Se vocês tiverem comentários para ajudar na formação dessa ideia, estejam à vontade para cooperar.


Obs.: I'm on fire! 3 textos esse mês (e só se passaram 2 semanas) depois de mais de 1 mês sem escrever...

sábado, 11 de setembro de 2010

Ser

- Prof. Dumbledore... Riddle disse que eu sou igual a ele. "Uma estranha semelhança", foi o que me disse...
- Foi, mesmo? E o que é que você acha, Harry?
- Acho que não sou igual a ele! - exclamou ele, mais alto do que pretendia. - Quero dizer, pertenço... pertenço a Grifinória, sou...

Mas se calou, uma dúvida furtiva surgia em sua mente.

- Professor - recomeçou após um momento. - O Chapéu Seletor me disse... que eu teria sido bem sucedido na Sonserina. E todos acharam que eu era o herdeiro de Slytherin por algum tempo... porque eu falo a língua das cobras...
- Você fala a língua das cobras, Harry - disse Dumbledore, calmamente -, porque Lord Voldemort sabe falar a língua das cobras. Ele transferiu alguns dos seus poderes para você na noite em que lhe fez essa cicatriz. Não que essa fosse sua intenção, mas...
- Voldemort deixou um pouco dele em mim? - disse Harry, estupefato.
- Parece que sim.

- Então eu deveria estar na Sonserina, o Chapéu Seletor viu poderes de Slytherin em mim, e...
- Pôs você na Grifinória... - disse, calmamente, Dumbledore.
- Ele só me pôs na Grifinória - disse Harry com voz de derrota - porque eu pedi para não ir para a Sonserina...
- Exatamente! - disse Dumbledore abrindo um grande sorriso - O que o faz muito diferente de Tom Riddle. São as nossas escolhas, Harry, que revelam o que realmente somos, muito mais do que nossas qualidades.


Este é um trecho de "Harry Potter e a Câmara Secreta" (com alguns cortes, mantendo só o que é importante).
E, se nada mais lhe agradar na série, ela vale ser lida por esse texto em especial.
Este texto reflete duas verdades que poucas pessoas são capazes de enxergar:
Nós somos quem queremos ser, e...
São nossos atos que nos definem, e não nossos pensamentos.

Quando você lê um livro de auto-ajuda, ele vai vir com um monte de baboseira sobre beleza interior e ser uma pessoa melhor por dentro e o escambau...
Isso é uma babaquice.
Do que adianta você ser uma ótima pessoa por dentro, se você não demonstra isso pro mundo?

Veja bem, quando eu falo de beleza interior eu não estou dizendo que ser uma boa pessoa é menos importante do que ser popularzinho... Muito pelo contrário!
Mas, de certa forma, a opinião dos outros sobre quem nós somos é mais importante do que a opinião que nós temos de nós mesmos... É nisso que os livros erram.
A nossa opinião reflete o nosso pensamento, a opinião dos outros reflete nossos atos.

Quando nós morrermos, ou até mesmo enquanto estamos vivos... São nossos atos que dizem quem nós somos.
Ninguém diz:
"Aquele ali é o Felipe, ele pensa todo dia em ir pra África ajudar os necessitados".
Foda-se o que ele pensa... O importante é:
Ele foi pra África ajudar os necessitados? Não? Então o pensamento dele sobre esse assunto é irrelevante... Não mudou o mundo em nada.

O que eu estou dizendo é que não adianta nada você querer ajudar o mundo todo, e não ajudar ninguém.


O contrário também é válido...
Não são nossas "tentações" que nos definem, e sim o quanto conseguimos enfrentá-las...
Sentir a vontade de trair, de roubar, de matar... É muito diferente de trair, roubar e matar.

Ser uma boa/má pessoa (ou uma pessoa inútil) só depende de suas decisões, de suas ações. Não de quem você "é", de quem você "nasceu" pra ser...
Não se prenda a bobagens... Não acredite (muito menos se prenda) nesse papo de "não consigo mudar, é mais forte do que eu"... Tudo é uma questão de vontade.


A única diferença entre ter sucesso e falhar... é a certeza de que você vai conseguir.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Crença

Vocês já viram o seriado House?
É uma série sobre um médico, e a forma como as pessoas ao redor dele reagem ao intelecto superior e à completa falta de etiqueta social que ele tem.

Dr. Gregory House é um cara com raciocínio lógico.
Isso é algo que normalmente não combina com uma boa interação social... Afinal, se você parar pra pensar nas ações das pessoas a sua volta, fica difícil gostar de pelo menos 80% delas.

Porém, por trás desse jeito, aparentemente, desajeitado com as pessoas... House tem habilidades de análise de personalidade e caráter que beiram o absurdo.
E a completa falta de etiqueta faz com que ele consiga dizer "verdades" que ninguém tem coragem de falar.

Ele é aquele cara "odeio ter que admitir, mas ele tá certo", sabe?

Existem muitas coisas que eu concordo no que ele fala. E algumas que eu discordo em absoluto.
Porém, tem uma frase que é simplesmente perfeita.
Ele fala ela pra uma freira, durante um episódio da primeira temporada... Quando ela se recusa a receber tratamento por acreditar que Deus a salvaria.

"You can have all the faith you want in spirits and the afterlife... and heaven and hell.
But when it comes to this world, don't be an idiot.
'Cause you can tell me that you put your faith in God to get you through the day, but when it comes time to cross the road, I know you look both ways."

Em uma tradução aproximada (mantendo o sentido, mesmo que não seja literal), seria algo assim:
"Você pode ter toda a fé que quiser em espíritos e vida após a morte... e céu e inferno.
Mas quando o assunto é este mundo, não seja uma idiota.
Porque você pode me dizer que coloca sua fé em Deus para guiar os seus passos, mas quando chega a hora de atravessar a rua, eu sei que você olha pros dois lados."

Essa frase reflete a hipocrisia e a falta de crença que as pessoas têm nas suas próprias crenças.
Se você quer acreditar em algo, acredite 100% do tempo... Não apenas quando parece conveniente... Ou "bonito".
Ou, o que seria mais correto, saiba diferenciar suas crenças da "realidade".

Se você acredita em Deus, acredite que ele nos criou e criou esse mundo (e isso já é uma grande coisa)...
Mas não seja estúpido de dar mais crédito a ele do que devia.

Quando um médico cura você, não é a Deus que você deve agradecer... E sim ao médico.
Quando você passa no vestibular, não é a Deus que você deve agradecer... E sim a si mesmo e ao esforço que você teve para conseguir essa realização.
Quando um carro quase passa por cima de você na rua, mas consegue freiar... Agradeça ao fato do motorista ter conseguido fazer a manobra... E ao gênio que criou o freio ABS.


Algumas vezes, o crédito é nosso.



Obs.: Eu estive sem escrever durante um tempo...
Isso se deve à minha vida pessoal.
Quando minha mente fica confusa com coisas lá, ela não consegue se concentrar em escrever coisas aqui.
Eu sou o tipo de pessoa que só consegue escrever (sejam textos, poesias, músicas...) em duas situações:
- Quando eu fico muito puto/triste com algo, e assim meu pensamento se foca só naquilo;
- Quando eu estou completamente tranquilo com tudo, então meu pensamento pode se focar no que eu bem entender.

Não posso dizer que meus problemas lá fora acabaram... Mas acho que me sinto um pouco House hoje, então decidi escrever um pouco sobre ele.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Quem de Nós Dois

Quem de Nós Dois
- Victor e Léo -

Eu e você
Não é assim tão complicado
Não é difícil perceber
Quem de nós dois
Vai dizer que é impossível
O amor acontecer?

Se eu disser que já nem sinto nada
Que a estrada sem você é mais segura
Eu sei você vai rir da minha cara
Eu já conheço o teu sorriso, leio teu olhar
Teu sorriso é só disfarce
E eu já nem preciso

Sinto dizer
Que amo mesmo, tá ruim pra disfarçar
Entre nós dois
Não cabe mais nenhum segredo
Além do que já combinamos
No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos

E quando eu falo que eu já nem quero
A frase fica pelo avesso
Meio na contra-mão
E quando finjo que esqueço
Eu não esqueci nada

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida

Eu procurei qualquer desculpa pra não te encarar
Pra não dizer de novo e sempre a mesma coisa
Falar só por falar

Que eu já não tô nem aí pra essa conversa
Que a história de nós dois não me interessa
Se eu tento esconder meias verdades
Você conhece o meu sorriso
Leu no meu olhar
Meu sorriso é só disfarce
O que eu já nem preciso
E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais...


sábado, 24 de julho de 2010

Liberdade

Liberdade...
Esse é um tema complicado para se abordar.
E eu não prometo respostas ao longo deste texto, apenas perguntas inteligentes. Que talvez você mesmo deva se fazer.

Acredito que o primeiro passo quando tratamos desse tema seja o de afirmar que a liberdade é um conceito mutável, e depende muito do ponto de vista do observador.
Essa afirmação se baseia nas diferentes formas de liberdade que encontramos ao longo de nossa vida. Eu gostaria de falar brevemente de algumas:

Quando temos cerca de 3~6 anos, a nossa “liberdade” é andar pelas ruas sem ser carregado ou segurar a mão dos nossos pais.

Quando entramos na adolescência, “liberdade” se torna um conceito mais amplo. E é diferente para cada tipo de pessoa.
Existem aquelas que acreditam que poder tomar suas próprias decisões (e muitas vezes, elas nem ao menos sabem que decisões são essas) é a “liberdade”.
Algumas acreditam que possuir liberdade é poder sair quando quiser com os amigos.
Outras acreditam que essa tal liberdade é a de dormir no horário que quiser (seja por determinação dos pais ou por precisar acordar cedo para ir ao colégio).

Será que essas pessoas sabem o que buscam?
Será que elas entendem como realmente funciona a vida adulta, e as responsabilidades que acompanham a “liberdade” que elas tanto buscam?

Outras ainda, acreditam que a liberdade só virá ao se alcançar a maioridade. E essa talvez seja a concepção mais fantasiosa que possuímos e, portanto, uma das que eu mais gostaria de abordar nesse texto.

Diversas vezes em nossa vida ansiamos por algo que nem ao menos sabemos o que é.
Nesse caso específico, uma “liberdade” que nem entendemos.
A maioria das pessoas anseia pela maioridade e a “liberdade” que a acompanha, sem nem ao menos se dar ao trabalho de pensar:
Que liberdade é essa? E o que eu farei com ela?

Um outro tipo de liberdade que é muito desejada, é a liberdade que “ser solteiro” nos proporciona.
Diversas vezes em minha vida ouvi alguém dizer que não gostava de se sentir “preso” à outra pessoa - namorado(a), marido(esposa). Que desejava a “liberdade”.

Mas o que é essa liberdade?

Se você analisar ponto a ponto aquilo que busca, será que ainda o buscará? Ou será que buscamos uma utopia que nem entendemos?

O que muitas pessoas desejam é a possibilidade de obter novas experiências com outras pessoas. Vamos tentar entender isso...
O processo de conquista é sempre muito interessante para ambos os lados. O flerte, os olhares... Conhecer uma pessoa nova.
Mas, em termos de experiência, o que você ganha?
O flerte e os olhares não são relevantes nesse ponto, isso é um fato. Conhecer uma pessoa nova? Bom, você realmente precisa estar solteiro(a) para ter experiências assim? Ou você pode dividir isso com alguém que já lhe proporciona o prazer físico de uma relação, com o adicional de lhe proporcionar uma companhia mais profunda?

O que eu quero dizer é:
Até se passar todo o processo de conhecer alguém e se conquistar a intimidade, não se têm muita vantagem.
Conhecer alguém do zero pode ser classificado como uma nova experiência e novos horizontes... Porém, o quão diferente isso se torna das experiências com alguém que você já possui uma intimidade maior?
Então, seria esse um desejo real do nosso ser? Ou seria apenas um reflexo da sociedade em nossas mentes?
Será que “a grama do vizinho parece sempre mais verde”? Será que é apenas um reflexo da constante insatisfação do ser humano?

Uma pergunta que não me sai da cabeça, quando penso sobre esse tema, é:
A liberdade de ser você por completo com alguém que você possui a intimidade conquistada ao longo de um relacionamento é menos importante que a liberdade de conhecer pessoas novas?

Na busca por essas respostas, devemos olhar para dentro de nós mesmos.
E tentar entender onde o nosso prazer realmente se encontra.

A “liberdade” que buscamos realmente existe? Ou é um conceito que criamos (assim como “Deus”) para termos uma resposta para nossos questionamentos em momentos difíceis?

A resposta para essas perguntas? It’s up to you, guys...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Poesias - Confusão

Confusão

Que saudades que eu sinto
Do teu beijo, teu encanto
O teu ser, tua magia
Tua força, teu acalanto

Você vem, tal qual a noite
E na aurora se esvai
Esperança em teu olhar
Sentimento é o que te trai

A boca fala de distância
E ela mesma volta atrás
Os teus olhos dizem tudo
Quando teu coração se distrai

E eu vivo nessa história
A cada dia, a cada ano
Ter certeza é mais confuso
Mesmo assim, eu sei, te amo


Felipe Ricardo Machado
01h01min
14 de Abril de 2010
&
03h07min
21 de Abril de 2010